"Afabilidades vulgares nuperpublicadas
Batimentos cardíacos,disritmia,coisas infundadas
Reunião central de tais atos,partilhados,prato a prato
Um brilho ofuscante,a frente,ao lado,ou mesmo perante
Brisa no rosto,levando o desgosto e deixando o sorrir
Estar junto a ela,esperar na janela e nunca mais partir
Na cama quentinha,tua boca na minha,o meu corpo no teu
Sentir-se completo,me banhar em afeto e dormir no apogeu
Em lençóis encobertos,corações mais abertos,te ouvir susurrar
Com as portas trancadas,frases exageradas,te fazer delirar
Ardendo vida em fervor,dilacerando o pudor,irrequieta permaneceu
Sem nenhuma discórdia,o pólen e a abelha,gineceu e androceu
O medo ja não há,duas almas e um par,pétala que vigora
Vem chegando ligeira,tal mulher cervilheira,me mostrando agora
Que não existe novela,só a tampa e a panela e o fogo a queimar
Me derrama no colo,me abusa no ouvido,faz de mim teu jantar
Beberica aqui tua flora,deixa o mundo inóspito de lado
Pinte os contornos,os detalhes,bem juntinho em meu quadro
Desprovidos do que nos leva,cada criatura que passa,olha e não se move
Encanta-se e vê,na minha face e em teu espelho,antes mesmo que se prove
Loucuras perdidas,partes encontradas e um galalau a te olhar
Eu em fúria me pego,de relance morteiro para ele mostrar
Que esta flor me pertence,me fecunda semente,em orvalho cristal
Num repouso perfeito,gargalhar bem festeiro,banquete de natal."
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