sábado, 30 de abril de 2011

Uni-vos em amor



"O tapete vermelho extendido ao longo do chão
Em meio a flores,convidados e cores,originárias certamente,da força de uma constelação
Teto azul,sorrisos e nuvens brancas,terra quente e perfumes salientes
Silêncios e rumores,espera e expectativas sem temores

O contorno de cada pétala,cada vida,cada ser
Muitos destes acordados antes mesmo do astro rei nascer 
Ambiente inebriado de luz e paz,revelando que o caminho é a gente quem faz
Hora só,hora isolado. Traçando aos poucos o momento de fazê-lo lado a lado

Dia de reunir e selar tudo aquilo que só te faz bem
Instante curto e demorado,que comprova a importância que o cultivo do amor tem
Corações ansiosos,palpitando os segundos e explodindo em afeto
Fadas flutuando,natureza se mostrando e orquestrando,tudo a céu aberto

Acordes do mais puro som,violão celo e notas de violino
E eu ali,em meio a muitos,comovido e emocionado feito menino
Modificando e escrevendo novos pensamentos
Orgulhoso pelos felizes,de presenciar tão único momento

Aficcionado e capturando cada detalhe,sem pestanejar
Aprendendo que todos meus dizeres sobre,um dia irão se modificar
Harmônicas se propagam e fluem por todo o ar
Em atenção,percebemos todo aquele brilho chegar

Primeiro ele,passo a passo,e depois ela
Impecáveis e sorridentes,diferentes de modelo em passarela
Ja no altar,após os dizeres cerimoniais de sincera fusão
Eis que surge bela pequena,trazendo o selo dourado,da perfeita união

Depois do breve levitar dentre os atentos em seus lugares
Entrega o brilho duplo,para unirem-se como um só,em anelares
Recebida com um beijo querido na fronte da testa
Se aloca na lateral das luzes divinas,focada em toda a festa

Eis que o relógio para por alguns segundos
Frente a frente,olhando nos olhos,ligados perante o mundo
Em subsequência sorrisos e laços fitados
Marido e mulher,agora sim,muito mais que enamorados

Que sejam felizes e completem um ao outro
Para que os deuses os rejam e os guiem,com muito gosto
Sintonia infinita,devoção e amor incondicional
E que tudo que se inicia agora,nunca conheça a palavra final"



Com este elo sincero formado,sintam-se não mais indivíduos mas sim,unificados...



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quinta-feira, 28 de abril de 2011

Velhas Manhãs de Outono

 

A pele fria,o vento suave e o coração descompassado
Buscando no arrepio dos poros momentos lado a lado
Chuva de pensamentos,desejos de momentos e coisas assim
Querendo ela ao meu lado,com seu beijo quente,em cima de mim

Rasgo cada manhã com a destreza de um menino
Músicas interiores,reflexos de sabores,notas e sinos
A inconstância dos instantes,olhares sinceros e sorrisos cativantes
Os nãos se repetem,os corpos se laçam e a situação já se inverte

Tudo se aflora,se adjetiva e se torna real
Em questão de segundos,do íntimo mais profundo à longíqua fatal
As bocas se encostam,as línguas se invadem,tudo silencia
Vulcões interiores revivem,calores,batidas na mais perfeita harmonia

Aqui o homem não chora,apenas se enamora
Sentidos estranhos,de dentro pra fora
Nenhum tipo de dor,apenas muito fervor,leve torpor
Sem nenhuma culpa,nenhuma barreira,nenhum pudor

Espero o dia todo,ansioso pra te ver
Destruo cada segundo,aguardando o momento de te ter
Coleciono ponteiros,números nada ligeiros
A volta da espera demora,e quando chega te leva primeiro

E que a reunião destes todos se acumulem
Todos as verdades e momentos não se anulem
Transformando o frio,tão somente em calor
Mostrando,somando a gente,no mais desejável amor




E que os nossos caminhos não se cruzem e nem se distanciem,apenas caminhem lado a lado.



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