Nunca li nada do Nicholas Sparks, mas isso não quer dizer que água com açúcar não me acalme de vez enquando. Confesso ter lacrimejado - veja bem, lacrimejado (olhos levemente aquosos) - na cena derradeira de "Um Lugar Chamado Nothing Hill", mas nem que eu tivesse a sensibilidade daquele garoto que mora na bolha eu conseguiria chorar as 274 vezes como você faz, quando vem o Elvis Costello com o vozeirão aquele. Eu sou menino homem, ora bolas.
Gosto de romance, tenho os sentimentos e tudo o mais, e até planejo umas coisinhas fofas, embora sempre esbarre na vergonha de ser quem sou - quando imagino a cena, uma serenata ou sexo à luz de velas, na minha cabeça sempre sou super parecido com o Romeu da Julieta e não esse exemplar mineiro de beleza exótica. Parece tudo lindo porque você tá lá, deitadinha, com seu pezinho 36 e essa pele macia de quem tem patrocínio vitalício dos cosméticos Victória Secret's. Você, por tudo que você é e faz para ser, bem merecia um galã.
Poderia jogar toda culpa na mídia, na sociedade, na evolução, na pressão social que as letras do Ney Matogrosso exercem sobre mim. Mas não vou. Acontece que além de atrapalhado,bagunceiro,extrovertido, frio, insensível, bobo, feio e chato, eu sou um infantil. Eu nasci assim, eu cresci assim, eu sou mesmo assim. Não posso ver uma Gabriela, uma Marcella, uma Sabrina. Enfim, uma mulher com uma coxa roliça e as panturrilhas firminhas. Uma franjinha escorrendo e tapando um olho verde. Uma marquinha de sol. Uns dentes branquinhos. Uma lordose. Um piercing no umbiguinho. Uma risada entusiasmada. Um shortinho curto, com aqueles farrapinhos de brim, que aliás não sei do porquê terem saído de moda.
Uma tatuagem elegante no pé, de tornozeleira dourada. Um pingente em forma de coração entre os seios. Saia e rasteirinha. Dois joelhinhos pra dentro, deixando o caminhar meio tortinho. Pelos no bracinho, combinando com uma cicatriz de vacina. Um sorriso Penélope Cruz. Um lábio Penélope Cruz. Uma timidez Penélope Cruz. Qualquer coisa que lembre Penélope Cruz, com cabeça, tronco e membros. Duas pernas num cruzamento mais perfeito que os do Jorginho na campanha do Tetra. O movimento da soboneteira, ao espreguiçar.
Como uma trufa de rum persegue o "alcoolista" que não pode voltar a beber. Como se o vício encarnasse e se multiplicasse por todos os lados, emparedando o viciado em sua via crucius, tapando sua boca trêmula e aflita antes de qualquer palavra cristã em negação, dizendo com o hálito de calêndula - "vim te buscar". Sério, se ela passa e eu digo "minha mãe do céu" parece vulgar, mas sou só eu, reles mortal, encarnando Don Juan abandonado pelos deuses, pedindo proteção divina especial pelo afã pecaminoso provocado pelas serpentes dançantes do diabo - "mulher", no popular.
Gosto de romance, tenho os sentimentos e tudo o mais, e até planejo umas coisinhas fofas, embora sempre esbarre na vergonha de ser quem sou - quando imagino a cena, uma serenata ou sexo à luz de velas, na minha cabeça sempre sou super parecido com o Romeu da Julieta e não esse exemplar mineiro de beleza exótica. Parece tudo lindo porque você tá lá, deitadinha, com seu pezinho 36 e essa pele macia de quem tem patrocínio vitalício dos cosméticos Victória Secret's. Você, por tudo que você é e faz para ser, bem merecia um galã.
Poderia jogar toda culpa na mídia, na sociedade, na evolução, na pressão social que as letras do Ney Matogrosso exercem sobre mim. Mas não vou. Acontece que além de atrapalhado,bagunceiro,extrovertido, frio, insensível, bobo, feio e chato, eu sou um infantil. Eu nasci assim, eu cresci assim, eu sou mesmo assim. Não posso ver uma Gabriela, uma Marcella, uma Sabrina. Enfim, uma mulher com uma coxa roliça e as panturrilhas firminhas. Uma franjinha escorrendo e tapando um olho verde. Uma marquinha de sol. Uns dentes branquinhos. Uma lordose. Um piercing no umbiguinho. Uma risada entusiasmada. Um shortinho curto, com aqueles farrapinhos de brim, que aliás não sei do porquê terem saído de moda.
Uma tatuagem elegante no pé, de tornozeleira dourada. Um pingente em forma de coração entre os seios. Saia e rasteirinha. Dois joelhinhos pra dentro, deixando o caminhar meio tortinho. Pelos no bracinho, combinando com uma cicatriz de vacina. Um sorriso Penélope Cruz. Um lábio Penélope Cruz. Uma timidez Penélope Cruz. Qualquer coisa que lembre Penélope Cruz, com cabeça, tronco e membros. Duas pernas num cruzamento mais perfeito que os do Jorginho na campanha do Tetra. O movimento da soboneteira, ao espreguiçar.
Como uma trufa de rum persegue o "alcoolista" que não pode voltar a beber. Como se o vício encarnasse e se multiplicasse por todos os lados, emparedando o viciado em sua via crucius, tapando sua boca trêmula e aflita antes de qualquer palavra cristã em negação, dizendo com o hálito de calêndula - "vim te buscar". Sério, se ela passa e eu digo "minha mãe do céu" parece vulgar, mas sou só eu, reles mortal, encarnando Don Juan abandonado pelos deuses, pedindo proteção divina especial pelo afã pecaminoso provocado pelas serpentes dançantes do diabo - "mulher", no popular.
Porque, afora toda suposta beleza e inocência, mulher é um ser ardiloso, covarde e malicioso. Arrancam aquilo que querem, não querem, não sabem se querem, fingem que não querem, só tirando o ventre pra dançar. Sangram nossa lucidez direto no calcanhar de Aquiles, levando pela mão um menino primitivo aonde quiserem, sem que sequer perguntemos a direção,com tal ar de vitória como o deus da mitologia egípcia,Hórus! Pode ser um amor antigo que até já casou. Uma prima de 40 graus. Aquela amiga que "sabe, nunca te vi como homem". A morena do condomínio que curte o filho emo do Fábio Junior mas um dia vai crescer. A cumadre inteiraça da nossa mãe. Uma ex carente, sem mais ninguém pra ensiná-la o verbo to be, tadinha.
Basta que o rio de tédio feminino cruze com o rio da má intenção. A culpa é delas, mas tudo bem. Já sei, no fim o sem-vergonha, safado, moleque sempre cai sobre mim, não dá pra fugir, assumo, a corda sempre arrebenta pro "sexo frágil". Mas quero ver ano que vem. É 2012, o iraquiano, aquele vai botar pra derreter e, quem sabe, teremos uma única chance de reflorestar a raça humana. Quero só ver como "Meu Querido John" vai ajudar em alguma coisa.
Basta que o rio de tédio feminino cruze com o rio da má intenção. A culpa é delas, mas tudo bem. Já sei, no fim o sem-vergonha, safado, moleque sempre cai sobre mim, não dá pra fugir, assumo, a corda sempre arrebenta pro "sexo frágil". Mas quero ver ano que vem. É 2012, o iraquiano, aquele vai botar pra derreter e, quem sabe, teremos uma única chance de reflorestar a raça humana. Quero só ver como "Meu Querido John" vai ajudar em alguma coisa.
Ser homem,e ser romântico,não é nada fácil!
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