terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

irreplaceable childhood

Juntar todas aquelas sensações perdidas em um saquinho de pipoca,e correr pra trás das pernas de sua mãe,procurando ali um abrigo,uma segurança.
O gosto do chocolate que nem se fabrica mais. Os sabores de quando as coisas não vinham acompanhadas de preocupações e incertezas. O prato cheio,que continuava assim,seguido de muito refrigerante gelado,até a barriga estufar! Os pés descalços na beira do rio,acompanhado pelo silêncio suave de um certo barulho do movimentar lêntido das águas.Os joelhos ralados,o coração intacto. Se lambuzar com a manga subtraída com muita emoção no quintal do vizinho, que tinha um cachorro bravo. 

    Se aventurar embaixo da cama,se acostumando assim com a escuridão que segue quando se é adulto. Subir na árvore,subir na vida! Pular o muro e enfrentar os problemas! Se deitar depois do colégio,com os olhos vidrados na tv,as mãos suadas ,de tanto esfregar a manete do seu super nintendo. Sopra a fita,sopra a fita! Que droga,deu tilt de novo! Ahhh não mãe,eu quero um nintendo 64! Que nitendo 64 o que menino,é muito caro! Este seu ja está bom de mais! E desliga logo esse vídeo game e vai fazer dever,senão você vai ficar de castigo! Ahhhh mãe,que saco! Olha a boca menino! Pois é. Olha a boca menino,olha a vida...veja as coisas como mudaram,e pra pior. Tudo era tão simples,tão bom!
    Tudo se mistura na tela do meu computador,sentado na minha cadeira anatômica,feita assim,pra amenizar o estresse de passar o dia,uma encarnação inteira dentro de um escritório. Relatórios,demissões,planejamento. Planejamento? Quem poderia pensar nisso uns anos atrás? Ótimos anos atrás!! Que saudade! Que aperto no peito... Amizades,olhares,companhias,namoricos...
Promessas elas que eram feitas e cumpridas,mesmo que dividas em 12 vezes com juros absurdos. Mulheres de se admirar,bem diferente da grande maioria de hoje,que vende a infância e recebe parcelado.
Apertar um botão,um simples botão! Fazer tudo ser igual de novo,fazer tudo ser diferente de novo! Ser eu mesmo,e quem eu era,lá longe...a alguns anos atrás.

 Toda e qualquer sensação,em qualquer tempo,seria e sempre será,insuficiente perante tal.


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